sábado, 3 de março de 2012

Vídeo mostra protesto após morte de ciclista atropelada por ônibus em SP



Juliana era de grupo criado para homenagear Márcia, atropelada em 2009.
Câmera no capacete exibe visão ao pedalar em corredores na Av. Paulista.

Lucas FrasãoDo G1, em São Paulo
20 comentários
A morte da ciclista Juliana Dias, atropelada por um ônibus na Avenida Paulista nesta sexta-feira (2), representa uma triste coincidência no terceiro aniversário do movimento Pedal Verde, que combina pedaladas com o plantio de árvores em São Paulo. O grupo nasceu em 2009 para homenagear a ciclista Márcia Prado, morta em janeiro daquele ano, atropleada por um ônibus na Paulista. No Pedal Verde desde 2011, Juliana foi atingida a 150 metros de onde está o memorial para Márcia.
"A Julie era uma pessoa muito alegre, acolhedora", diz a educadora ambiental Juliana Gatti Rodrigues, também do Pedal Verde. Bióloga, Juliana ia ao trabalho pedalando e também participava de outros movimentos de cicloativismo, como a Bicicletada e a Expedição Rios e Ruas. "Era uma pessoa que defendia o uso da bicicleta, lutava por melhores condições para os ciclistas e todo mundo", conta André Pasqualini, cicloativista e instrutor de bicicleta.
A colisão com o ônibus ocorreu na altura do cruzamento com a Rua Pamplona, no sentido Consolação da via, por volta das 9h50. A área foi interdada até o início da tarde e pequenas manifestações bloquearam pistas da Paulista momentos depois do atropelamento.
Testemunha da colisão, a depiladora Maria Célia dos Reis Fagundes disse à polícia que Juliana Dias perdeu o equilíbrio após discutir com o motorista do ônibus que ultrapassava o veículo que a atropelou. O condutor do ônibus que tentou a ultrapassagem foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção.
Um skatista de 17 anos disse ter visto o choque e afirmou que ela foi fechada por um carro. Depois, o ônibus de outra faixa avançou sobre a ciclista, que gritou. O motorista voltou a jogar o ônibus intencionalmente em Juliana, segundo ele. "Vi uma mulher morrendo. Podia ter sido eu."
O protesto se concentrou na Praça do Ciclista, onde integrantes do Pedal Verde plantaram mudas de cerejeira, a árvore preferida de Juliana. Flores nos capacetes e em punho, alguns chorando, os ciclistas desceram do selim e caminharam pela Paulista, sentido Paraíso, empurrando a bicicleta. Ao chegar no ponto em que houve a colisão, a massa de pessoas cruzou a via e bloqueou todas as pistas no sentido Consolação, em uma homenagem que durou mais de uma hora.
Sob chuva, centenas deitaram no asfalto no momento em que outro manifestante ergueu uma bicicleta branca em direção ao céu. A ghost bike que simboliza o adeus dos ciclistas para Juliana Dias foi presa ao gradil e, em questão de minutos, sumiu afogada por flores e velas.
Juliana Dias ciclista (Foto: Reprodução)Página do site Pedal Verde faz homenagem à Juliana Dias (Foto: Reprodução/ Pedal Verde)

20 comentários

  • Uendel NevesSalvador, BA
    gostaria de dizer aos ciclistas que ficam,tomem muito cuidado pois o motorista brasileiro,nao vou generalizar,a sua maioria nao respeita nem outro veiculo que manten a velocidade maxima permitida da via,ficam dando luz alta,pra o motorista da frente que esta fazendo o certo que é andar na velocidade permitida por lei,,IMAGINA UMA BICICLETA,meus sentimentos aos familiares de juliana Dias,um abraço a todos vcs
    8 minutos atrás
  • Carlos
    A verdade é quem está no governo está se lixando pras vidas que são perdidas, eles só andam de carro de luxo pago com nosso dinheiro. O Brasil é um lixo de país, que vergonha de viver aqui.
    10 minutos atrás
  • Ricardo FaracoSão Paulo, SP
    Se voce não pode ultrapassar um ciclista com a segurança exigida pela lei, voce deve sim permanecer atrás do ciclista e esperar uma nova oportunidade para ultrapassá-lo
    10 minutos atrás


Juliana era de grupo criado para homenagear Márcia, atropelada em 2009.
Câmera no capacete exibe visão ao pedalar em corredores na Av. Paulista.

Lucas FrasãoDo G1, em São Paulo
20 comentários
A morte da ciclista Juliana Dias, atropelada por um ônibus na Avenida Paulista nesta sexta-feira (2), representa uma triste coincidência no terceiro aniversário do movimento Pedal Verde, que combina pedaladas com o plantio de árvores em São Paulo. O grupo nasceu em 2009 para homenagear a ciclista Márcia Prado, morta em janeiro daquele ano, atropleada por um ônibus na Paulista. No Pedal Verde desde 2011, Juliana foi atingida a 150 metros de onde está o memorial para Márcia.
"A Julie era uma pessoa muito alegre, acolhedora", diz a educadora ambiental Juliana Gatti Rodrigues, também do Pedal Verde. Bióloga, Juliana ia ao trabalho pedalando e também participava de outros movimentos de cicloativismo, como a Bicicletada e a Expedição Rios e Ruas. "Era uma pessoa que defendia o uso da bicicleta, lutava por melhores condições para os ciclistas e todo mundo", conta André Pasqualini, cicloativista e instrutor de bicicleta.
A colisão com o ônibus ocorreu na altura do cruzamento com a Rua Pamplona, no sentido Consolação da via, por volta das 9h50. A área foi interdada até o início da tarde e pequenas manifestações bloquearam pistas da Paulista momentos depois do atropelamento.
Testemunha da colisão, a depiladora Maria Célia dos Reis Fagundes disse à polícia que Juliana Dias perdeu o equilíbrio após discutir com o motorista do ônibus que ultrapassava o veículo que a atropelou. O condutor do ônibus que tentou a ultrapassagem foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção.
Um skatista de 17 anos disse ter visto o choque e afirmou que ela foi fechada por um carro. Depois, o ônibus de outra faixa avançou sobre a ciclista, que gritou. O motorista voltou a jogar o ônibus intencionalmente em Juliana, segundo ele. "Vi uma mulher morrendo. Podia ter sido eu."
O protesto se concentrou na Praça do Ciclista, onde integrantes do Pedal Verde plantaram mudas de cerejeira, a árvore preferida de Juliana. Flores nos capacetes e em punho, alguns chorando, os ciclistas desceram do selim e caminharam pela Paulista, sentido Paraíso, empurrando a bicicleta. Ao chegar no ponto em que houve a colisão, a massa de pessoas cruzou a via e bloqueou todas as pistas no sentido Consolação, em uma homenagem que durou mais de uma hora.
Sob chuva, centenas deitaram no asfalto no momento em que outro manifestante ergueu uma bicicleta branca em direção ao céu. A ghost bike que simboliza o adeus dos ciclistas para Juliana Dias foi presa ao gradil e, em questão de minutos, sumiu afogada por flores e velas.
Juliana Dias ciclista (Foto: Reprodução)Página do site Pedal Verde faz homenagem à Juliana Dias (Foto: Reprodução/ Pedal Verde)

20 comentários

  • Uendel NevesSalvador, BA
    gostaria de dizer aos ciclistas que ficam,tomem muito cuidado pois o motorista brasileiro,nao vou generalizar,a sua maioria nao respeita nem outro veiculo que manten a velocidade maxima permitida da via,ficam dando luz alta,pra o motorista da frente que esta fazendo o certo que é andar na velocidade permitida por lei,,IMAGINA UMA BICICLETA,meus sentimentos aos familiares de juliana Dias,um abraço a todos vcs
    8 minutos atrás
  • Carlos
    A verdade é quem está no governo está se lixando pras vidas que são perdidas, eles só andam de carro de luxo pago com nosso dinheiro. O Brasil é um lixo de país, que vergonha de viver aqui.
    10 minutos atrás
  • Ricardo FaracoSão Paulo, SP
    Se voce não pode ultrapassar um ciclista com a segurança exigida pela lei, voce deve sim permanecer atrás do ciclista e esperar uma nova oportunidade para ultrapassá-lo
    10 minutos atrás

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