Ataques do grupo terrorista começaram no sábado (3) com suicidas.
Número de militantes mortos pode chegar a 20 homens, disse autoridade.
Do G1, com informações da AFP e da Reuters
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Conflitos entre militares e combatentes da al Qaeda deixaram ao menos 30 militares mortos neste domingo (4), no Iêmen, de acordo com informações de agênciais internacionais. As ações começaram no sábado (3) por meio de atentados suicidas e seguiram com a tentativa do grupo terrorista de conquistar posições do exército iemenita, segundo fontes oficiais e hospitalares. De acordo com a Reuters, o número de militares mortos no final de semana pode chegar a 35 homens. Em relação aos militantes muçulmanos, autoridades do exército afirmam que ao menos 20 integrantes morreram.
Soldados do Iêmen marcham em Sanaa neste domingo (4) (Foto: AFP)
A campanha contra a al Qaeda é uma das principais exigências feitas ao novo líder do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, por Washington, que apoiou a sua sucessão e vem travando sua própria campanha de assassinatos por ataques aéreos de aviões não tripulados contra supostos membros do grupo terrorista.
O sul do país, local dos confrontos, é um território instável perto das rotas de transporte de petróleo pelo Mar Vermelho. Moradores e autoridades locais disseram que carros explodiram perto de postos militares nas entradas sul e oeste da cidade de Zinjibar, perto do Golfo de Aden.
O Exército do Iêmen enviou reforços para Zinjibar após as explosões. Médicos de um hospital militar em Aden disseram que os corpos dos soldados foram levados para lá e que havia dezenas de outros feridos. Eles disseram também que o número de vítimas fatais provavelmente aumentará.
Os ataques enfatizam os desafios que o presidente Hadi está enfrentando, enquanto tenta estabilizar o Iêmen, depois de um ano de protestos contra o seu antecessor, Ali Abdullah Saleh e desavenças entre os militares, que deixaram o Iêmen à beira da guerra civil.
Os meses de protestos contra Saleh enfraqueceram o controle do governo central sobre vastas áreas do Iêmen e beneficiaram os militantes ligados à al Qaeda, principalmente um grupo chamado Ansar al-Sharia, que expandiu sua presença no sul.
Uma mensagem de texto supostamente enviada pelo grupo dizia que eles tinham usado carros-bomba para começar os ataques de domingo. Ansar al-Sharia disse que matou mais de 50 soldados, capturou dezenas de outros e que apreendeu armas e equipamentos, incluindo um tanque e um canhão antiaéreo.
Zinjibar tem sido palco de constantes confrontos entre o Exército e os combatentes islâmicos, que tomaram a cidade durante vários meses no ano passado. O governo disse em setembro que havia "libertado" Zinjibar das mãos dos militantes, mas os confrontos continuaram.
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