domingo, 18 de março de 2012

Fellype vive dia de Loco e marca três na vitória do Botafogo sobre o Vasco



Jogador, que só soube que iria jogar no lugar do uruguaio horas antes da partida, marca os três gols da vitória do Glorioso por 3 a 1

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Loco Abreu foi vetado horas antes do jogo contra o Vasco neste domingo, por conta de dores musculares. Fellype Gabriel foi então escolhido para ser titular no duelo válido pela quarta rodada da Taça Rio. E parece ter incorporado o espírito artilheiro do uruguaio. Foram dele os três gols da vitória do Botafogo por 3 a 1 no Engenhão.
O Vasco, que atuou com quatro jogadores que têm sido titulares (Fernando Prass, Fagner, Diego Souza e Juninho), marcou o seu gol em uma bela cobrança de falta de Fellipe Bastos. Ele chutou de muito longe, no ângulo, e na comemoração teve a sua chuteira engraxada, quem diria, por Juninho Pernambucano. O Reizinho, num dia pouco calibrado, teve um pênalti defendido por Jefferson três minutos depois do terceiro gol adversário, na metade do segundo tempo.
O Botafogo se mantém na segunda colocação do Grupo A, com dez pontos, dentro da zona de classificação para as semifinais. O líder é o Macaé, que soma 12 após bater o Fluminense no sábado. No Grupo B, os sete pontos do Vasco são suficientes para lhe garantir a primeira colocação, à frente de Volta Redonda e Bangu, que têm seis, cada.
As duas equipes voltam a campo às 22h de quarta-feira. O Botafogo decide vaga na Copa do Brasil diante do Treze-PB, após empatar por 1 a 1 no jogo de ida. Consegue a classificação no Engenhão com qualquer vitória ou empate sem gol. O Vasco enfrenta os paraguaios do Libertad em São Januário, pela quarta rodada do Grupo 5 da Libertadores.
No fim de semana, os confrontos serão pelo Campeonato Carioca: o Botafogo recebe o Duque de Caxias no sábado, e o Vasco enfrenta o Resende, também em casa, no domingo.
fellype gabriel botafogo x vasco (Foto: Fernando Soutello/AGIF)Fellype Gabriel foi o nome do jogo, com boa atuação e três gols (Foto: Fernando Soutello/AGIF)


 
Substituto resolve

O jogo começou com domínio do Botafogo, mas com as melhores chances pertencendo ao Vasco. O time cruz-maltino tinha dificuldade de se encontrar no meio-campo e o Glorioso aproveitou para ficar mais com a bola. Porém, a ineficiência do setor de armação alvinegra impedia que essa supremacia se concretizasse em jogadas de perigo. Do outro lado, porém, se faltava entrosamento por Cristóvão ter optado por poupar alguns titulares, as tramas que eram criadas eram mais efetivas. O problema da equipe da Colina era sentir falta de um camisa 9 de origem, já que o ataque foi formado por Eder Luis e Diego Souza. Isso ficou claro em duas boas oportunidades, quando Deiyson e Diego Souza cruzaram para a área e ninguém apareceu para completar.
A primeira boa chance do Botafogo apareceu em jogada aérea. Sem a presença de Loco Abreu, vetado por conta de dores musculares, Antônio Carlos se tornou a referência nesse tipo de lance. E coube ao zagueiro completar cruzamento de Andrezinho e assustar Fernando Prass. A bola passou perto do gol. A resposta do Vasco veio em troca de passes entre Diego Souza e Eder Luis, que deixaou o atacante na cara de Jefferson. O chute, porém, foi para fora.
O camisa 10 do Vasco voltou a ser protagonista do jogo minutos depois. Mas dessa vez pelo lado ruim. Percebendo que Jefferson se atrapalhou com um recuou de bola, Diego correu até ele mas, no desespero, deu um carrinho para tentar roubar a bola. A única coisa que conseguiu, porém, foi acertar o goleiro, que ficou caído. O meia recebeu um amarelo e uma série de reclamações dos adversários que não gostaram da atitude.
A confusão pareceu acordar o meio-campo do Botafogo. Em sua primeira jogada após o episódio, Elkeson driblou três adversários e levou a sua torcida ao delírio. O camisa 9 seguiu jogando bem e, depois de receber uma bola na direita, cruzou rasteiro para a área. A zaga do Vasco cochilou, Juninho chegou correndo para tentar cortar, mas errou o bote e deixou a bola livre para Fellype Gabriel, que acertou o ângulo de Fernando Prass para colocar o Botafogo em vantagem. Pouco depois, a cena se repetia. Elkeson tentou tocar para o meio, a bola bateu na perna de Rodolfo, bateu no camisa 9 de novo e acabou sobrando para Fellype, que, mais uma vez, bateu firme e foi comemorar com a câmera de TV para fazer uma declaração para a esposa.
O Vasco tentou reagir na base da vontade, mas o máximo que conseguiu foi mais uma confusão. Allan recebeu na entrada da área, tentou driblar Fábio Ferreira e caiu na área. O Gigante da Colina pediu pênalti, mas os zagueiros do Botafogo não gostaram da atitude do volante e foram cobrar gritando na cara dele. O árbitro deu amarelo para Allan e para Antônio Carlos.

Fellype e Jefferson garantem festa do Bota
Cristóvão Borges mexeu na equipe para o segundo tempo para tentar ganhar mais força ofensiva. Allan deixou o campo para a entrada de Willian Barbio. Com isso, Diego Souza passou a atuar um pouco mais atrás, pelo meio. Mas a mudança não foi apenas tática, mas também no espírito do time. Correndo muito, o Vasco dominou os primeiros minutos da segunda etapa. E Fellipe Bastos, com um chute de muito longe, incendiou a partida ao marcar um golaço de falta. Na comemoração, Juninho “engraxou” sua chuteira. Minutos depois, Douglas tirou tinta do travessão com uma cabeçada firme, após cobrança de escanteio.

Percebendo que sua equipe estava retraída, Osvaldo de Oliveira trocou Herrera por Jobson. A mudança teve efeitos no ataque, que ganhou mais mobilidade e conseguiu produzir uma boa chance com o próprio Jobson, que recebeu na cara de Prass, mas se enrolou e perdeu o ângulo. Na defesa, porém, os problemas persistiram e o Vasco continuou melhor e quase chega ao segundo. Fagner cruzou na medida para Diego Souza, mas o meia cabeceou para fora.

A torcida do Vasco se empolgava no Engenhão e a do Botafogo parecia preocupada com a apatia do time. Mas Fellype tratou de tranquilizar os alvinegros. Apagado até então na segunda etapa, o jogador mostrou que era o dia dele. Elkeson cobrou um lateral, Prass se enrolou com Rodolfo, que se enrolava com Jobson, que tocou para o meio. O meia aproveitou a confusão e fez o terceiro. Segundos depois, a torcida do Botafogo teve mais motivos para comemorar devido a um pênalti...para o Vasco. Fagner foi derrubado por Marcio Azevedo na área e o juiz apitou a falta. Juninho bateu a grande penalidade, mas Jefferson defendeu, levando os alvinegros ao delírio.

O Vasco seguiu tentando descontar, mas sem sucesso. Na melhor chance, Eder Luis recebeu na pequena área, mas foi travado no momento do chute. O camisa 7 arriscou até uma bicicleta para tentar surpreender, mas não conseguiu. Com a vitória nas mãos, o Botafogo passou a trocar passes no meio para segurar o resultado.

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