Incidência de IOF foi ampliada de dois para três anos para essas operações.
Objetivo da medida é reduzir o ingresso de dólares no país.
Do G1, em São Paulo
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O governo decidiu aumentar de dois para até três anos o prazo de incidência da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras de (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 1º de março de 2012. A taxa foi mantida em 6%, de acordo com oMinistério da Fazenda. A alteração foi apenas quanto ao prazo. O decreto que estabelece o aumento foi publicado na edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º).
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A decisão do Ministério da Fazenda vale para ingresso de recursos no país por meio de empréstimo externo, sujeito a registro no Banco Central, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional.
O objetivo da medida é reduzir o ingresso de dólares no país e evitar uma valorização excessiva do real. Essa é a terceira vez que o governo altera as regras da incidência do IOF sobre esse tipo de operação. Em abril de 2011, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento do prazo para empréstimos no exterior com alíquota maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 6%, de um ano para dois anos.
Porém, o IOF já havia subido, no fim de março, para empréstimos de até um ano. Antes destas alterações, o IOF era de 5,38% para operações de até 90 dias e zero para contratações com prazo superior a três meses, segundo informações da Receita Federal.
"Eu quero anunciar uma medida cambial cujo objetivo é reduzir o ingresso de dólares no país e evitar uma valorização excessiva do real. Estamos ampliando a cobrança do IOF de 6% para tomada de crédito no exterior por parte de bancos e empresas brasileiras que tomarem esse crédito por um prazo inferior a dois anos. É para desencorajar a tomada de crédito no exterior para prazos mais curtos", explicou Mantega em abril do ano passado, na divulgação das novas medidas.
Outras medidasEm julho do ano passado, o governo, por meio de uma Medida Provisória, permitiu a taxação em até 25% das operações feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no Brasil com instrumentos financeiros chamados de derivativos financeiros.
Com a maior taxação, a tendência era que o volume de dólares que entrasse no país diminuiría, o que reduziria a cotação. Os derivativos cambiais têm grande influência na formação de preços da moeda norte-americana no mercado à vista.
Os derivativos são instrumentos financeiros cujo preço de negociação é baseado no preço futuro de algum outro ativo, como ações, câmbio ou juros. Investidores utilizam esse instrumento em diversas formas no mercado financeiro: uma delas funciona como se fosse um seguro de preço e tem como objetivo proteger o investidor contra variações de taxas, moedas ou preços.
Desvalorização do dólarNa véspera, o dólar comercial interrompeu a sequência de três quedas e fechou com alta superior a 1% em relação ao real, retomando, com folga, o patamar de R$ 1,70. A valorização veio em linha com a piora nos mercados internacionais e após a firme intervenção do Banco Central no mercado de câmbio para conter a queda da moeda.
A cotação da moeda norte-americana avançou 1,25% no dia, a R$ 1,72 para venda. Esta foi a maior alta diária desde o dia 12 de dezembro, quando a cotação subiu 2,14%, para R$ 1,8445.
Os ganhos desta quarta-feira levaram o dólar a reduzir a queda acumulada em fevereiro. Ainda assim, a moeda fechou o mês com 1,55% de desvalorização.
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